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Tarifas de Trump derrubam Ibovespa e bolsas globais; dólar fica estável em R$ 5,55

Ibovespa recua em meio a tensões comerciais e pressão sobre o Fed. Expectativas de inflação nos EUA e possíveis mudanças na liderança do banco central americano aumentam cautela dos investidores.

Ibovespa (IBOV) acompanha tendência de aversão a risco nesta segunda-feira (14) após Donald Trump aumentar ameaças comerciais com tarifas sobre produtos exportados aos EUA.

Por volta das 11h10, o índice da B3 recuava 0,48%, aos 135.530 pontos. O dólar estava em leve alta de 0,08%, cotado a R$ 5,55.

Investidores repercutem as consequências da guerra comercial de Trump para o Brasil. Na última quarta-feira (9), Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros, a mais alta da semana passada.

A expectativa é que essa ameaça sirva como ferramenta de negociação. Se implementadas, as tarifas afetariam diversas empresas brasileiras do agronegócio à indústria, com previsão de início em 1º de agosto.

Além do Brasil, Trump também impôs tarifas de 30% ao México e à União Europeia, complicando ainda mais a situação comercial.

Os mercados também reagem à inflação nos EUA, com dados importantes previstos para terça-feira (15). Alta nos preços pode impactar a decisão do Federal Reserve sobre cortes de juros.

Analistas, como Linh Tran, apontam que sinais de inflação acima do esperado podem adiar cortes de juros, afetando o valor das ações.

Trump intensificou seus ataques ao presidente do Fed, Jerome Powell, sugerindo sua renúncia. O estrategista do Deutsche Bank, George Saravelos, alerta que a possível saída de Powell é um risco subestimado pelo mercado.

Consequências da demissão poderiam se espalhar globalmente, dada a centralidade do Fed no sistema monetário do dólar.

Fontes: Bloomberg News.

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