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Tarifas de Trump desencadeiam queda global de ações e dólar

Tarifas comerciais dos EUA provocam queda acentuada nos mercados globais e geram incerteza econômica. Investidores buscam segurança em títulos enquanto o impacto das novas taxas se espalha pela Ásia e Europa.

Ações mundiais, dólar e petróleo sofreram quedas bruscas nesta quinta-feira (3) devido às novas tarifas comerciais dos EUA, impostas por Donald Trump, que geraram temores de recessão global.

A tarifa básica de 10% sobre bens importados, além de taxas adicionais sobre vários países, deixou os comerciantes alarmados. Na Europa, as bolsas enfrentaram uma queda de 1,3% a 2%, enquanto Wall Street viu os futuros caírem 3%.

Na Ásia, as ações também recuaram, com a Bolsa de Tóquio caindo 2,77% e a bolsa chinesa experimentando queda menor. Analistas do JPMorgan afirmaram que as tarifas são "significativamente mais altas" do que o previsto.

A Fitch classificou as tarifas como um "divisor de águas" e o Deutsche Bank previu uma possível redução de 1% a 1,5% no crescimento dos EUA. Muitos países podem acabar em recessão, advertiu Olu Sonola da Fitch.

A corrida por títulos seguros fez os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA caírem para cerca de 4%. O futuro do S&P 500 caiu 3,47%, com empresas como Apple, Nike e Walmart registrando grandes perdas.

O petróleo caiu 4%, com o Brent abaixo de US$ 72 por barril, enquanto o ouro atingiu um recorde em torno de US$ 3.160 por onça antes de perder força.

Entre as moedas, o iene japonês valorizou-se em mais de 1,5% e o euro subiu 2%. A China, apesar de tarifas altas sobre suas exportações, manteve sua moeda estável, com uma desvalorização de apenas 0,4% do yuan.

O foco futuro gira em torno da China e como reagirá às negociações comerciais. Adam Hetts da Janus Henderson Investors destacou que as tarifas dão um tom de "tática de negociação" que mantêm os mercados em alerta.

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