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Tarifas de Trump devem impactar 726,7 mil empregos e afetar INSS e FGTS, diz Dieese

Estudo do Dieese revela que tarifas dos EUA podem levar à perda de 700 mil empregos no Brasil. As centrais sindicais alertam sobre impactos irreversíveis na economia e na arrecadação de impostos.

Estudo do Dieese revela que tarifas impostas pelos EUA podem impactar 700,7 mil empregos no Brasil e afetar a arrecadação da Previdência Social e o FGTS.

Apresentado em 13 de setembro, o levantamento encomendado pelas centrais sindicais aponta para uma queda de R$ 11,01 bilhões na arrecadação de impostos e R$ 14,33 bilhões na massa salarial, com um impacto negativo de 0,37% no PIB.

Os resultados divergem de um estudo do Cedepar, que prevê impactos menores, já que sua análise foca em dois anos e sugere realocação comercial. As centrais sindicais falam em perdas irreversíveis.

O levantamento do Dieese analisou 10 mil empresas exportadoras para os EUA, com foco em 3.000 delas. Os setores mais afetados incluem serviços, indústria de transformação, comércio, entre outros.

Adriana Marcolino, do Dieese, destaca a necessidade de uma organização considerável para acompanhar essas mudanças. Um site foi criado para que sindicatos atualizem negociações coletivas.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, tranquilizou os sindicatos e destacou que o Brasil hoje é menos dependente dos EUA do que em 2003, com 25% das exportações destinadas aos EUA, caindo para 12%.

Medidas para facilitar a manutenção de empregos estão sendo estudadas, especialmente no setor alimentício. O estudo destaca que a situação é delicada para o segmento de frutas.

Marinho sugeriu que negociações coletivas sigam instrumentos de proteção do emprego da CLT, como o lay-off.

Sergio Nobre, da CUT, e Ricardo Patah, da UGT, expressaram preocupações sobre a pressões externas e a necessidade de negociações rápidas, lembrando experiências passadas de crises econômicas.

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