Tarifas de Trump entram em vigor, pesando sobre perspectivas de crescimento global

Tarifas recíprocas dos EUA foram implementadas na quinta-feira, gerando pressão econômica global.

Embora o impacto seja menor do que o previsto, isso pode incentivar Donald Trump a aumentar as taxas. A previsão do Morgan Stanley para o crescimento global anual subiu de 2,2% para 2,6% no último trimestre. Projeções para os EUA e a zona do euro também foram ajustadas para 1%.

Os mercados financeiros estão aliviados e a recessão global parece ter sido evitada. Trump afirmou que "os Estados Unidos estão muito ricos novamente". Contudo, o risco de tarifas como arma política pode crescer, especialmente após a nova tarifa de 25% imposta à Índia.

A economia real mostra sinais de desaceleração. O presidente do Fed, John Williams, prevê crescimento de 1% nos EUA para 2025, abaixo dos 2,9% em 2023. O Deutsche Bank estima que o PIB da União Europeia pode cair 0,5%.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, expressou preocupação com o impacto das tarifas nas finanças da Alemanha, apesar de um acordo tarifário que reduziu as tarifas sobre a UE de 30% para 15%.

Na zona do euro, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) alcançou 50,9, sinalizando recuperação, enquanto a indústria da Alemanha também mostra sinais de crescimento.

No Japão, o crescimento projetado caiu para 0,6% para o ano fiscal de 2025, com previsões de economistas caindo de 1,1% para 0,5%. Controvérsias sobre tarifas sobre carros japoneses continuam.

China enfrenta desafios, com tarifas americanas reduzindo exportações. As negociações entre EUA e China resultaram na suspensão parcial das tarifas, mas a tarifa de 30% permanece.

A receita tarifária dos EUA atingiu 0,9% do PIB, um aumento significativo. Embora isso gere mais receita, impostos altos afetam empresas, consumidores e exportadores, intensificando a incerteza e possivelmente impactando o crescimento econômico global.