Tarifas de Trump: impacto no PIB do Brasil será limitado, diz Oxford Economics
Estudo da Oxford Economics indica que o impacto da nova tarifa dos EUA será limitado para a economia brasileira. Apesar de possíveis retaliações, a diversidade comercial do Brasil ajuda a mitigar os efeitos negativos.
Estudo da Oxford Economics aponta que a escalada comercial entre Brasil e EUA, causada por uma tarifa de 40% anunciada por Donald Trump, deverá gerar impacto econômico limitado ao Brasil. A perda no Produto Interno Bruto (PIB) para 2026 fica em apenas 0,1%.
De acordo com o estudo, 10% das exportações brasileiras têm os EUA como destino, representando cerca de 2% do PIB. A diversificação comercial do Brasil e um perfil de economia mais fechada ajudam a amortecer o impacto, conforme afirma o economista Felipe Camargo.
A principal consequência apontada é a erosão da confiança dos empresários e a incerteza nos investimentos, não a redução nas exportações. Pode haver uma depreciação do real, aumentando a competitividade externa.
Novas Tarifas
A tarifa de 40% amplia os 10%% anteriores e começará em 1º de agosto. A carta ao presidente Lula pode ter um caráter mais político do que comercial, buscando influenciar decisões internas do sistema político e judiciário brasileiro.
Apesar disso, o relatório acredita ser improvável que a ameaça tarifária cause mudanças significativas na política interna brasileira, como arquivamento de investigações ou mudanças em julgamentos.
Reação do Brasil
O presidente Lula declarou que o Brasil pode retaliar com base na Lei da Reciprocidade Econômica. Embora uma guerra comercial ampla seja considerada improvável, a Oxford Economics alerta que as tarifas dos EUA podem ultrapassar os 10%% previstos. Contudo, a estrutura comercial do Brasil oferece resiliência devido à diversificação de parceiros e ao tamanho do mercado interno.