Tarifas de Trump pesam sobre importadores dos EUA

Importadores americanos estão arcando com a maior parte da agenda tarifária do presidente Donald Trump, segundo os analistas do Barclays.

A corretora indicou que as pesquisas mostram um repasse total das tarifas de 20% sobre produtos chineses desde o início do ano.

Os preços de importação dos EUA para Japão, Reino Unido e União Europeia também aumentaram.

No entanto, os analistas ressaltam que os preços de importação não mostram os custos totais dos importadores, oferecendo estimativas aproximadas sobre o efeito das tarifas.

A recente depreciação do dólar pode ter contribuído para o aumento de preços, aumentando a inflação importada em 1,8 pontos percentuais em 2025.

Em abril, Trump anunciou tarifas punitivas para diversos países, visando recuperar empregos de manufatura e aumentar receitas governamentais.

No entanto, uma pausa de 90 dias nas tarifas foi concedida para a maioria dos países, enquanto a China enfrenta tarifas de 145%.

A resposta da China foram tarifas de 125% sobre importações americanas, aumentando preocupações de uma guerra comercial.

No dia 8 de maio de 2025, Trump e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer anunciaram um acordo comercial

Conversas com a China estão marcadas para este fim de semana, onde Trump indicou a possibilidade de redução das tarifas.

Muitos economistas advertiram que as tarifas podem elevar os preços, impactar o mercado de trabalho e prejudicar o crescimento.

Recentemente, o PIB dos EUA contraiu, sendo o aumento das importações um dos fatores, e o sentimento do consumidor deteriorou-se com preocupações sobre os preços.

Os analistas do Barclays afirmam que a transferência de custos tarifários para os preços ao consumidor depende de vários fatores, inclusive das margens de lucro das empresas.

“No atual ambiente de tensão no sentimento do consumidor, algumas empresas estão relutantes em aumentar os preços”, concluem os analistas.