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Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, incluindo o Brasil

A imposição de tarifas por Trump afeta o investimento estrangeiro direto em países emergentes, com risco maior para o Brasil. Apesar do impacto limitado sobre o PIB, a escalada das tensões comerciais pode dificultar o crescimento a longo prazo.

A onda de protecionismo global provocada pelas tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, ameaça os investimentos estrangeiros diretos (IED) em países emergentes, incluindo o Brasil, que enfrenta uma alíquota de 50%.

Segundo o Banco Internacional de Compensações (BIS), restrições comerciais impostas por economias avançadas aumentaram 8% anualmente desde 2009, afetando 62% dos produtos.

A escalada do protecionismo pode reduzir investimentos, piorando o crescimento econômico dos emergentes. No caso do Brasil, as tarifas americanas podem impactar um crescimento de até 0,4 ponto porcentual, conforme o Goldman Sachs.

Até maio de 2024, o Brasil registrou um ingresso líquido de mais de US$ 30 bilhões em IED, com previsão de US$ 70 bilhões para 2025.

Os EUA são responsáveis por cerca de 25% do total do novo IED no Brasil. Para Todd Martinez, da Fitch Ratings, o país continuará atraente devido ao seu vasto mercado interno.

Enquanto isso, a China condena as tarifas de Trump, e o Bank of America aponta que empresas não têm planos robustos de reshoring devido às tarifas, mas podem considerar nearshoring e friendshoring como alternativas.

O ex-presidente do Federal Reserve, William Dudley, destaca que a incerteza sobre a duração das tarifas levará empresas a diversificar suas fontes de produção.

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