Tarifas de Trump são “duro golpe” na economia mundial, diz UE
Ursula von Der Leyen critica tarifas dos EUA e aponta riscos ao comércio global. A presidente da Comissão Europeia destaca a necessidade de contramedidas e defende a negociação como prioridade.
Ursula von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia, condenou as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, como um “duro golpe” na economia mundial.
No dia 3 de abril de 2025, ela afirmou que a União Europeia (UE) está pronta para “responder com contramedidas” e destacou os riscos do aumento do protecionismo, afetando milhões, especialmente em países mais vulneráveis, e em produtos essenciais, como medicamentos.
Der Leyen ressaltou que as trocas comerciais entre EUA e UE geraram empregos e benefícios para consumidores. Apesar de reconhecer algumas falhas no sistema global de comércio, afirmou que as tarifas não são a solução e que a UE deseja negociar para eliminar barreiras comerciais.
Ela mencionou que medidas de apoio a setores como ferro e automotivo já foram anunciadas e que a UE limitou importações de ferro sem tarifas. No Parlamento Europeu, no dia 1º de abril, von Der Leyen disse que um “plano forte” está em vigor contra as tarifas de Trump, enfatizando que a EU prefere a negociação.
Von Der Leyen declarou que “esse confronto não interessa a ninguém”, e que a UE não iniciou o conflito. Sua estratégia para lidar com as tarifas inclui três pilares:
- Negociação - A UE busca acordos ao invés de retaliação.
- Diversificação - Abertura de mercados rapidamente em crescimento, como Mercosul, México e Suíça.
- Fortalecimento do Mercado Único - Garantia da livre circulação de mercadorias e serviços na UE.
“A Europa se diferencia por ser o maior mercado do mundo, confiável e previsível para nossos parceiros”, concluiu von Der Leyen.