Tarifas de Trump são o mais recente sinal do apetite ao risco de seu segundo mandato

Trump impele um novo risco em sua presidência, apenas dez semanas após assumir o cargo, ao impor tarifas globais abrangentes.

Apesar das preocupações com inflação e estagflação, Trump se mostrou inabalável quanto ao impacto nas economias, afirmando no último fim de semana: "Eu não poderia me importar menos."

O presidente está desmantelando alianças globais estabelecidas há 80 anos e silenciando a Voice of America, enfatizando um estilo de governo maximalista que desafia normas democráticas.

Trump também corta financiamento para universidades de pesquisa, considerando-as uma ideologia "esquerdista radical". Assegura que o talento encontrará seu caminho no setor privado.

As mudanças em seu segundo mandato são notáveis. Ele não enfrenta mais limitações de cautela que existiam anteriormente, cobrindo-se com um círculo de facilitadores e ex-comentaristas da Fox News.

Trump acredita que sua política protecionista irá reverter a globalização e que os consumidores americanos aceitarão preços mais altos para trazer empregos de volta.

Ele argumenta que as tarifas trarão nova receita aos EUA, minimizando a dependência de impostos sobre a renda.

Analistas como Matthew P. Goodman expressam ceticismo sobre a ausência de impactos econômicos negativos. A secretaria de imprensa da Casa Branca indicou que o presidente pode estar aberto a negociações tarifárias.

Trump controla tarifas que afetam aliados e inimigos, declarando que a relação econômica está em primeiro lugar, colocando parcerias de segurança em segundo plano. Sua estratégia inclui ameaças a países como Japão, União Europeia e China.

No horizonte, ele aposta que líderes globais temerão as consequências da imprevisibilidade de sua presidência.