Tarifas de Trump: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
Investidores enfrentam incertezas sobre cortes de juros nos EUA à medida que políticas de Trump ameaçam a economia. Com dilemas entre inflação e recessão, o banco central deve optar por manter os juros inalterados na próxima reunião.
Incerteza nos juros nos EUA tem preocupado investidores.
Após um mês de dúvidas sobre cortes de juros, agora surgem apostas em novas altas devido a políticas de Donald Trump que podem elevar o custo de vida.
O Federal Reserve (Fed) enfrenta um dilema: aumentar ou reduzir os juros. O cenário atual gera volatilidade no mercado.
Historicamente, durante a pandemia em 2020, o Fed cortou juros para estimular o consumo e evitar recessão. Com a inflação controlada, o foco era a demanda. Contudo, a escassez de oferta teve um papel crucial.
Atualmente, a alta de tarifas propostas por Trump torna a produção industrial mais cara, resultando em um cenário semelhante à estagflação, onde a atividade econômica é mais fraca sob preços elevados.
Dólar e títulos de dívida são influenciados por essa incerteza: juros altos podem torná-los atrativos, enquanto juros baixos podem desvalorizá-los.
No mercado de ações, a expectativa de recessão pode impactar os lucros, aumentando o risco para investidores.
No Brasil, as políticas de Trump podem alterar a dinâmica de exportações e preços internos, levando a uma possível inflação.
Conclusão: O Fed deve considerar manter os juros inalterados na próxima decisão, evitando decisões impensadas no atual cenário econômico instável.