Tarifas de Trump sobre aço e alumínio elevam preços de latas de bebidas e alimentos : 'não podemos absorver'

Pacific Coast Producers vê aumento de custos com tarifas sobre aço e alumínio.

Desde 2018, as latas se tornaram a maior despesa, superando pêssegos e peras. O presidente Trump dobrou as tarifas sobre o aço e alumínio, essenciais na produção de latas, que podem encarecer em US$ 40 milhões as próximas compras da cooperativa.

Embora a Pacific Coast Producers não sofra o impacto imediato, o CEO Matt Strong prevê um aumento de US$ 0,10 por lata para os varejistas. Isso poderia ser repassado aos consumidores, intensificando a preocupação com os preços.

Fabricantes e o governo defendem as tarifas como proteção contra a “concorrência desleal”, mas as empresas de alimentos afirmam que isso aumentará os custos e dificultará a competitividade. O número de fundições de alumínio nos EUA caiu drasticamente, de 24 para 4, segundo a Aluminum Association.

As tarifas resultaram em um aumento de preços das latas: 67% para as de aço e 26% para as de alumínio desde 2020. A Coca-Cola considera migrar para embalagens plásticas se os preços do alumínio continuarem a subir, enquanto cervejarias artesanais reavaliam suas opções de embalagem.

Os fabricantes enfrentam incertezas, com preocupações de que clientes optem por alternativas mais baratas devido aos preços elevados. Rick Huether, presidente da Independent Can, relata que a incerteza tarifária gerou caos na cadeia de suprimentos.

Strong reforça a importância das latas, que representam 30% dos custos da cooperativa. Ele teme que a falta de produção nacional de aço estanhado permita que frutas enlatadas importadas, especialmente da China, dominem o mercado.

A situação é tensa, com expectativas de aumento de preços afetando tanto produtores quanto consumidores.