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Tarifas de Trump sobre aço e alumínio já encarecem latas de bebidas e alimentos

Novas tarifas sobre aço e alumínio aumentam os custos de produção da Pacific Coast Producers, que pode repassar os preços para os consumidores. Indústria de alimentos teme a competição com produtos importados mais baratos.

Pacific Coast Producers, cooperativa da Califórnia, enfrenta aumento de custos devido a tarifas sobre aço e alumínio impostas pelo governo Trump.

Em 2018, a maior despesa da cooperativa mudou de frutas para latas. Cerca de 80% do aço estanhado utilizado em latas de alimentos é importado. As tarifas podem encarecer o próximo pedido de latas em US$ 40 milhões.

O diretor executivo, Matt Strong, prevê um aumento de até 10 centavos por lata para os varejistas, que poderiam repassar os custos aos consumidores.

Tarifas anteriores não incentivaram a produção nacional de aço e alumínio, levando a indústria a um declínio: o número de fundições de alumínio caiu de 24 para 4 nas últimas duas décadas.

O preço das latas de aço subiu 67% desde 2020 e os de alumínio, 26%, tornando os produtos mais caros.

Fabricantes de bebidas, como a Coca-Cola, consideram alternativas à embalagem em latas, enquanto cervejarias artesanais avaliam a mudança para garrafas devido aos altos custos do alumínio.

Strong acredita que é fundamental uma exclusão para o aço estanhado na política tarifária, já que as tarifas atuais arriscam a competitividade em relação a produtos importados mais baratos, principalmente da China.

Ele destaca: “Os danos colaterais dessas tarifas são significativos. Estamos tentando salvar uma indústria que não existe.”

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