Tarifas de Trump sobre aço e alumínio não devem atrapalhar o Brasil; entenda
Tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio visam proteger a indústria americana. Medida afeta principalmente países como Canadá e México, enquanto o Brasil, apesar de ser um dos maiores exportadores, pode não sentir impacto direto.
Estados Unidos aplicam tarifas de 25% sobre aço e alumínio a partir de 12 de abril, uma decisão do governo Trump que afeta países como o Brasil, um grande exportador.
A medida revoga isenções para aliados e busca proteger a indústria americana, reduzindo a dependência de metais estrangeiros.
O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA, enviando 4,08 milhões de toneladas em 2023, ou 15,5% das importações americanas.
Entre 2022 e 2024, houve um aumento de 74% nas exportações de aço do Brasil para os EUA.
Quanto ao alumínio, o Brasil exportou US$ 796 milhões para os EUA no ano passado, mas o impacto das tarifas nesse setor é menor.
A nova tarifa não deve afetar diretamente o Brasil, pois todas as empresas estarão em igualdade e algumas, como a Gerdau, têm operações nos EUA, evitando custos adicionais.
A Gerdau prevê recuperação em sua margem Ebitda, enquanto a CSN e a Usiminas enfrentam impacto limitado e quase nulo, respectivamente.
Principais países afetados: Canadá e México, que responderão por 24,2% e 79% das importações de aço e alumínio para os EUA.
O Canadá tem isenção temporária até abril de 2025, enquanto o México busca diversificação no comércio.
Esta decisão de Trump segue a lógica de tarifas de 2018, que gerou efeitos mistos na economia americana.
O impacto das novas tarifas sobre a inflação é incerto; a expectativa é que o índice de preços ao consumidor (CPI) suba 0,3%, embora esteja acima da meta do Federal Reserve.