HOME FEEDBACK

Tarifas de Trump sobre o Brasil são mais latido do que mordida, diz 'The Economist'

Revista destaca que tarifas de Trump são mais uma manobra política do que uma ameaça real ao Brasil. Apesar de algumas isenções, as tensões comerciais podem levar a um aumento nas disputas entre nações.

A revista britânica "The Economist" anunciou nesta sexta-feira (8) que as tarifas de Donald Trump sobre o Brasil são mais uma ameaça política do que um impacto econômico real.

A tarifa de 50% foi aplicada em 6 de agosto, como retaliação à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de investigações por possível tentativa de golpe. A revista observa que o Brasil não é o único afetado; a Índia também enfrenta taxas semelhantes.

Embora o anúncio tenha sido severo, quase 700 produtos foram isentados, incluindo aviões, petróleo, celulose e suco de laranja. Setores como café, carne e frutas não tiveram isenção e sofrerão com a alíquota total.

A Economist avalia que, mesmo sem as isenções, os impactos na economia brasileira serão moderados. O Brasil exporta pouco em relação ao seu PIB e sua dependência do mercado americano caiu para 13% das exportações, muito menos do que há duas décadas.

O presidente Lula se posicionou firmemente, afirmando que o Brasil não será "tutelado" por Trump, enquanto optou pela diplomacia para que o governo americano reconsiderasse as tarifas.

No entanto, a fala de Lula sobre consultar outros membros do BRICS levantou preocupações de que isso possa levar a uma guerra comercial crescente. Trump já rotulou o BRICS como "antiamericano" e ameaçou tarifas adicionais de 10% durante a cúpula do grupo no Rio de Janeiro no mês passado.

Leia mais em globo