Tarifas de Trump trarão prejuízos à indústria e Brasil precisa negociar, diz CNI
CNI alerta para os riscos econômicos da nova tarifa de Trump e defende diálogo para minimizar danos. Presidente Lula responde, reafirmando a soberania do Brasil e a possível retaliação com a Lei de Reciprocidade Econômica.
CNI critica nova tarifa de 50% de Trump a produtos brasileiros
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) declarou que a nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente Donald Trump, causará prejuízos à indústria nacional e defende diálogo para resolver a questão.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou: “Não existe qualquer fato econômico que justifique uma medida desse tamanho”. Segundo ele, a quebra da relação comercial com os EUA traria graves consequências para a economia brasileira.
A CNI destacou a forte integração econômica, com 3.662 empresas americanas no Brasil e 2.962 empresas brasileiras nos EUA. Em 2024, as exportações para os EUA geraram 24,3 mil empregos e R$ 3,2 bilhões em produção no Brasil a cada R$ 1 bilhão exportado.
Entenda a nova tarifa
A tarifa de 50% entra em vigor em 1º de agosto de 2025 e está relacionada a processos judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Trump mencionou “ataques do Brasil aos direitos fundamentais de liberdade de expressão” como justificativa.
A medida foi publicada na Truth Social e pode ser negociada. Trump alertou que mercadorias levadas a outros países para evitar a tarifa também estarão sujeitas a essa taxa aumentada.
A resposta de Lula a Trump
Em um post na rede social X, o presidente Lula afirmou que o Brasil é um país soberano e que as tarifas unilaterais serão respondidas com base na Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada em abril. Ele destacou que o processo contra Bolsonaro é competência da Justiça Brasileira.