Tarifas de Trump vieram para ficar, apesar dos blefes e bravatas
A crescente pressão do presidente Trump para aumentar tarifas sobre parceiros comerciais traz incertezas para a economia global. Com ameaças punitivas a diversas nações, o cenário de negociações comerciais se complica e gera temor entre investidores e líderes estrangeiros.
Donald Trump renovou ameaças comerciais contra mais de duas dezenas de parceiros, aumentando a incerteza para investidores e líderes estrangeiros. Trump é conhecido como "homem das tarifas" e tem promovido impostos de importação, desde a Grande Depressão.
Na última semana, ele ameaçou 25 países com taxas a partir de 1º de agosto, a menos que aceitem acordos comerciais que ele considere satisfatórios. Na lista, estão a União Europeia, Japão, México, Brasil, Coreia do Sul, entre outros.
A taxa média de tarifas dos EUA subiu de 2,5% para 16,6% desde que Trump assumiu o cargo. Se todas as tarifas ameaçadas forem aplicadas, esse número pode chegar a 20,6%, o mais alto desde 1910, superando as tarifas Smoot-Hawley.
Embora alguns países possam evitar tarifas em negociações, a maioria deve experimentar aumentos significativos. As tarifas são parte central da política econômica de Trump e podem estar em níveis entre 10% e 25% durante o restante de sua administração.
Desafios legais sobre a autoridade de Trump para impor tarifas estão em andamento, e a falta de acordos claros gera confusão entre os governos estrangeiros. Trump acredita que tarifas altas é a solução para problemas econômicos e desvantagens comerciais.
Economistas alertam que o impacto total das tarifas ainda não foi sentido, mas há indícios de aumentos de preços em eletrodomésticos, móveis e carros usados. Enquanto isso, Trump se sustenta na ideia de que seus métodos são eficazes, citando uma inflação moderada atual.