Tarifas dos EUA beneficiam agro do Brasil e demandam atenção da indústria, diz Alckmin
Alckmin destaca que a guerra comercial dos EUA cria oportunidades para o agronegócio brasileiro, mas alerta para os desafios enfrentados pela indústria. Ele reafirma a importância do diálogo e do multilateralismo nas negociações comerciais em andamento.
Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil, afirmou em 6 de março que a guerra comercial dos EUA favorece o agronegócio brasileiro, que se destaca com a China como parceiro principal, mas afeta a indústria nacional.
Em evento da FPE em Brasília, Alckmin ressaltou a importância do diálogo e do multilateralismo, destacando que o aumento nas tarifas beneficia a agricultura. "Precisamos estar atentos na indústria", alerta.
"Exportamos muito para a China, mas para os EUA exportamos produtos de valor agregado como aviões e autopeças", explicou Alckmin.
Ele também destacou que os EUA têm superávit na balança comercial com o Brasil, o que pode criar oportunidades de economia complementar.
Desde 2 de abril, o Brasil enfrenta uma tarifa linear de 10% sobre exportações para os EUA, além de tarifas de 25% sobre aço e alumínio. O Brasil está considerando recorrer à OMC, mas aposta nas negociações em andamento.
O governo de Lula já iniciou discussões com a administração de Trump, com Alckmin liderando videoconferências com o secretário de Comércio dos EUA.
Alckmin enfatizou que "comércio exterior é ganha-ganha" e destacou a complementaridade econômica entre os dois países. Ele também se mostrou aberto a discutir a situação do setor madeireiro nas negociações.
Além das tarifas, Alckmin afirmou que há outros mecanismos que dificultam as importações dos EUA.