Tarifas dos EUA devem ter impacto limitado sobre empresas de mineração e siderurgia
Analistas avaliam que a tarifa de 50% proposta por Trump terá impactos limitados para a maioria das empresas brasileiras, com exposição direta ao mercado norte-americano considerada baixa. No entanto, há preocupações sobre efeitos secundários, como pressões sobre o câmbio e aumento da percepção de risco interno.
Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, válida a partir de 1º de agosto.
Analistas da XP Investimentos e do Bradesco BBI revisaram possíveis impactos nos setores exportadores do Brasil. Os efeitos diretos são considerados limitados, pois a exposição das empresas ao mercado norte-americano é baixa.
Embora a possibilidade de novas tarifas gere preocupação, especialmente em combinação com tarifas já existentes (como a Seção 232 para aço e alumínio), os riscos imediatos para os balanços são reduzidos.
Os principais destacados incluem:
- Exposição de receita variando entre 0% e 4%.
- Empresas como CSN (CSNA3), CBA (CBAV3) e Vale (VALE3) têm maior exposição.
- Impactos sobre câmbio e percepção de risco no cenário doméstico.
O Bradesco BBI também concorda que o impacto será imaterial para Usiminas (USIM5) e CSN, já que os EUA representam menos de 5% da receita. Para a Gerdau, pode haver efeito positivo, já que as tarifas podem beneficiar suas operações nos EUA devido à dependência da indústria local por aço importado do Brasil.
Vale e CBA devem ter impacto imaterial, com o mercado norte-americano representando cerca de 3% de sua receita.