Tarifas dos EUA sobre aço e alumínio sobem nesta quarta: como afeta as ações na B3
Investidores se preparam para as novas tarifas de 25% sobre aço e alumínio dos EUA, que podem afetar o mercado brasileiro. Analistas apontam que a Gerdau pode ser a única a se beneficiar, enquanto outras empresas enfrentam um impacto limitado.
Tarifas de 25% sobre aço e alumínio dos EUA entram em vigor na próxima quarta-feira (12) e podem impactar o Brasil.
Reação do mercado: Ações das siderúrgicas não apresentaram quedas acentuadas após o anúncio em fevereiro, indicando uma avaliação de impacto limitado.
Análise do Bradesco BBI:
- Gerdau (GGBR4): impacto positivo, pois todos os volumes vendidos nos EUA são produzidos localmente, beneficiando a empresa.
- Usiminas (USIM5): impacto imaterial, com apenas 2,5% do Ebitda vindo da América do Norte, mas potencial para redução de custos devido à maior disponibilidade de aço no Brasil.
- CSN (CSNA3): impacto imaterial, sem exportações recentes devido aos preços domésticos.
- CBA (CBAV3): impacto imaterial, com cerca de 3% do Ebitda oriundo dos EUA.
A Apimec alerta que CBA, Usiminas e CSN podem enfrentar dificuldades com as tarifas, indicando que a guerra comercial não favorece Brasil e mundo.
A comissão de economia da Apimec ressalta que as próximas semanas serão cruciais para entender as repercussões dessa medida.
No ano passado, o Brasil exportou 4,49 milhões de toneladas de aço, um aumento de 14,1% comparado a 2023.
Gerdau, com 50% das operações no mercado americano, poderá se beneficiar do protecionismo.
Além disso, Trump anunciou um dobro na tarifa sobre produtos de aço e alumínio vindos do Canadá, elevando a taxa para 50%.
Entretanto, ações das siderúrgicas apresentavam baixa em meio à aversão a riscos globais.