Tarifas dos EUA sobre o aço e o alumínio sobem nesta semana. O que está em jogo?
Novas tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio pelos EUA devem afetar diretamente as empresas brasileiras. O governo brasileiro busca negociações para mitigar impactos, mas a insegurança acerca de futuras taxações persiste.
Novas tarifas dos EUA: A partir de quarta-feira (12), os Estados Unidos aplicarão tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, afetando o Brasil e outros parceiros.
Confirmação: O secretário de Comércio, Howard Lutnick, confirmou a data após recuos de Donald Trump sobre taxas impostas ao México e ao Canadá.
Impacto no Brasil: As tarifas devem impactar fortemente as empresas brasileiras dos dois setores. A insegurança persiste quanto a novas taxas, com o etanol mencionado como possível alvo de taxação.
Negociações: O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin busca um entendimento "ganha-ganha" com os EUA, mas nenhum adiamento foi anunciado.
Justificativas dos EUA: Com a doutrina "America First", o governo busca reciprocidade tarifária e reduzir a influência da China no comércio global.
Tarifas brasileiras: A média tarifária de importações no Brasil é de 12,4%, enquanto nos EUA é de 2,5%. 48% das exportações dos EUA para o Brasil entram sem tarifas.
Comércio Brasil-EUA: Mesmo com a China sendo a principal parceira comercial, os EUA ainda lideram nas compras de produtos de maior valor agregado.
Dependência do alumínio: A dependência dos EUA do alumínio brasileiro é menor, mas os EUA representam 16,8% das exportações brasileiras do metal.
Efeitos indiretos: A Abal alerta para potenciais saturações no mercado interno e aumento de preços regionais devido à concorrência desleal.
Expectativa para a indústria: O impacto positivo nos produtores de aço e alumínio dos EUA pode resultar em preços mais altos em diversos setores, influenciando a inflação.