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Tarifas e Lei Magnitisky: o que dizem especialistas sobre as sanções americanas?

EUA impõem tarifas e sanções ao Brasil, complicando relações diplomáticas e econômicas. Especialistas destacam a necessidade de uma resposta mais coordenada do governo brasileiro para amenizar os impactos.

Donald Trump antecipou tarifas de 50% em produtos brasileiros (com exceções) e aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes nesta quarta-feira (30).

Segundo Solano de Camargo, professor de Direito Internacional da USP, essas tarifas podem causar grandes dificuldades para setores-chave da economia brasileira, especialmente o agro.

Camargo ressalta que o Brasil deveria ter tratado as ameaças de Trump com mais intensidade para evitar sanções. Ele destaca a falta de um esforço coordenado para negociações.

Sobre o pedido de encerramento “imediato” de processos contra Bolsonaro, ele explica que não há respaldo jurídico, visto que o presidente não pode interferir no Poder Judiciário.

Leandro Consentino, cientista político do Insper, aponta que o bolsonarismo poderá perder popularidade inicialmente, mas as tarifas podem prejudicar o governo a longo prazo.

Pouco antes do anúncio, o governo Trump sancionou Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky.

Camargo acrescenta que, com a pressão política de Eduardo Bolsonaro e outros, a questão tornou-se mais política do que econômica, levando às sanções.

Por outro lado, Antônio Lavareda, diretor de pesquisa do Ipespe, afirma que o julgamento de Bolsonaro é um obstáculo para negociações. Ele acredita que as tarifas representam sanções, resultando em dificuldades para o Brasil abrir canais de diálogo com os EUA.

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