Tarifas em setores cruciais podem durar além da era Trump, diz JPMorgan
Tarifas comerciais nos EUA devem se manter elevadas, com impacto significativo nos setores estratégicos. Especialistas acreditam que a reversão para políticas de livre comércio é improvável, mesmo após a era Trump.
Tarifa efetiva de importações dos EUA deve se estabilizar em 22%, com pouca probabilidade de suspensão em setores sensíveis à segurança nacional, segundo o Centro de Geopolítica do JPMorgan Chase.
As tarifas são vistas como essenciais para fortalecer a base industrial dos EUA, incluindo setores como semicondutores e defesa, tornando sua reversão improvável após o mandato de Donald Trump.
Apesar do otimismo no mercado, o relatório destaca um cenário comercial mais complexo do que uma mera ferramenta de barganha política.
Acordos comerciais recentes geraram esperança de uma abordagem mais suave da Casa Branca, mas as expectativas de retornar às políticas anteriores a Trump podem ser equivocadas.
Segundo o relatório, "seria um erro supor que os Estados Unidos retornarão a uma era de tarifas baixas". Mesmo com um próximo presidente que prefira a abordagem anterior, dificuldades significativas para desfazer a estrutura tarifária de Trump continuarão.
Com o tempo, as empresas poderão readequar seus investimentos, diminuindo as chances de volta ao regime comercial anterior.
O Centro de Geopolítica, criado pelo JPMorgan em maio, liderado por Derek Chollet, visa ajudar empresas a lidar com a instabilidade global.
Um relatório anterior do JPMorgan Chase Institute estimou que tarifas universais poderiam gerar custos diretos de até US$ 187,7 bilhões para empresas de médio porte até 2025.