Tarifas mais altas de Trump atingem produtos dos principais parceiros comerciais dos EUA
Donald Trump impõe tarifas elevadas a parceiros comerciais, desafiando a eficácia de sua estratégia comercial. As medidas visam reduzir déficits, mas levantam preocupações sobre inflação e possíveis retaliações.
Tarifas de 10% a 50% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, entraram em vigor, testando sua estratégia para reduzir déficits comerciais sem grandes interrupções nas cadeias de oferta.
A Alfândega e Proteção da Fronteira dos EUA começou a cobrar as tarifas após negociações com parceiros comerciais.
Importações com embarques antes de 5 de outubro podem aproveitar tarifas anteriores mais baixas. A tarifa básica era de 10%, mas Trump ajustou as taxas, aplicando:
- 50% para produtos do Brasil;
- 39% da Suíça;
- 35% do Canadá;
- 25% da Índia.
Uma tarifa separada de 25% sobre produtos indianos será imposta em 21 dias devido a compras de petróleo russo.
Trump anunciou que "bilhões de dólares" fluirão para os EUA, principalmente de países que, segundo ele, tiraram proveito do comércio.
Oito grandes parceiros comerciais, como União Europeia, Japão e Coreia do Sul, chegaram a acordos para baixas tarifárias, com a base reduzida para 15%. O Reino Unido ficou com 10%, enquanto o Vietnã, Indonésia, Paquistão e Filipinas obtiveram taxas de 19% ou 20%.
William Reinsch, especialista em comércio, destacou um potencial rearranjo nas cadeias de oferta e aumento de preços.
Trump ordenou uma tarifa adicional de 40% sobre mercadorias transbordadas para evitar tarifas, mas detalhes sobre a identificação dessas mercadorias são escassos.
As tarifas são parte de uma estratégia mais ampla, incluindo setor de segurança nacional sobre produtos como semicondutores e automóveis, podendo chegar a 100% para microchips.
A China pode enfrentar novas tarifas a partir de 12 de agosto, a menos que Trump prorrogue uma trégua, especialmente após compras de petróleo russo.