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Tarifas representam mais uma manobra de pressão política do que um golpe econômico para o Brasil, diz The Economist

Tarifa de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros é vista como uma estratégia política, mas seu impacto econômico deve ser moderado. A análise da The Economist ressalta a diminuição da dependência do Brasil em relação ao mercado norte-americano e o fortalecimento da China como parceiro comercial.

Tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, é vista como manobra política, segundo a The Economist.

A revista classifica a medida como uma “agressão chocante” e uma das mais profundas interferências dos EUA na América Latina desde a Guerra Fria.

A ofensiva de Trump, iniciada em 6 de agosto, está ligada à investigação do ex-presidente Jair Bolsonaro por uma suposta tentativa de golpe. O uso do comércio para influenciar assuntos internos brasileiros é ressaltado pela The Economist.

Embora agressiva, o impacto econômico direto tende a ser moderado. Cerca de 700 produtos importantes, como aviões e petróleo, estão isentos da taxação. No entanto, café, carne e frutas continuam sujeitos à tarifa integral.

A economia brasileira, mais resistente que no passado, tem exportações que representam uma pequena parte do PIB. A dependência do mercado norte-americano caiu: atualmente, os EUA representam 13% das vendas externas do Brasil, uma queda em relação aos 25% de 20 anos atrás. A China agora é o principal parceiro comercial, com 28% das exportações.

A medida de Trump pode resultar em um efeito político inesperado, gerando apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viu seus índices de aprovação se recuperarem. Lula reage afirmando que o Brasil não será “tutelado ou humilhado”, optando por uma resposta diplomática e mobilizando empresas para pressionar os EUA.

Reportagem produzida com auxílio de IA.

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