'Taxa das blusinhas' faz americanos trocarem sites asiáticos por varejistas locais
Consumidores americanos estão redirecionando seus gastos para lojas de departamento e de desconto, após o fim da isenção tarifária que beneficiava plataformas chinesas. A queda no uso de Temu e Shein sinaliza uma mudança no comportamento de compra dos clientes.
Lojas de departamento e redes de desconto nos EUA estão se beneficiando da queda nas compras em plataformas chinesas como Temu e Shein.
O fechamento da brecha tarifária permitia remessas internacionais de até US$ 800 isentas de impostos. O presidente Trump anunciou o fim dessa isenção em 2 de maio.
A empresa de pesquisa Consumer Edge Research analisou o gasto de consumidores que, após compras nas plataformas, redirecionaram seu dinheiro para lojas como Bloomingdale’s, Macy’s e Kohl’s e varejistas como Old Navy.
O crescimento nas compras da Temu e Shein despencou: 50% e 30%, respectivamente, em abril. Ambas reduziram os investimentos publicitários e focaram em produtos isentos de tarifas.
Os consumidores gastavam, em média, US$ 30 por pedido na Temu e US$ 50 na Shein. Michael Gunther, da Consumer Edge, destacou que compradores migraram em busca de variedade e preços melhores.
Os usuários diários da Temu caíram de 58 milhões em março para 41,2 milhões em maio, e da Shein de 29,2 milhões para 25,5 milhões.
Essa mudança é positiva para os varejistas americanos. A Gap espera crescimento de 2% nas vendas, enquanto Macy’s e Kohl’s estão reestruturando suas operações e fechando lojas.