Taxa de desemprego fica em 6,2% no trimestre encerrado em maio. O que isso significa?
Taxa de desocupação brasileira apresenta queda e se estabelece em 6,2%, abaixo das expectativas de analistas. O aumento na ocupação levanta preocupações sobre a pressão inflacionária e possíveis ajustes na taxa Selic pelo Banco Central.
Taxa de Desocupação no Brasil
A taxa de desocupação do Brasil foi de 6,2% no trimestre encerrado em maio, segundo a Pnad Contínua do IBGE. Em abril, ela estava em 6,6%. Este valor ficou abaixo da mediana das estimativas de 22 instituições, que era de 6,3%.
Implicações: A taxa de desemprego mais baixa é positiva, indicando que mais pessoas estão empregadas. Porém, isso preocupa o Banco Central devido à possível inflação. Um mercado de trabalho aquecido pode elevar a pressão inflacionária, resultando em juros mais altos.
Conforme a ata da última reunião do Copom, o aumento da Selic em 0,25 ponto percentual foi justificado pela resiliência da economia, dificultando a convergência da inflação para a meta.
Destaques dos Dados do Trimestre:
- População desocupada: 6,8 milhões (queda de 8,6% em relação a trimestre anterior).
- População ocupada: 103,9 milhões (aumento de 1,2% no trimestre).
- Nível de ocupação: 58,5% (alta de 0,6% no trimestre).
- Taxa de subutilização: 14,9% (queda de 0,8 ponto percentual no trimestre).
- População fora da força de trabalho: 66,7 milhões.
Emprego por Setor:
- Setor privado (com carteira): 39,8 milhões (estável trimestre e alta de 3,7% no ano).
- Setor público: 13,0 milhões (aumento de 4,9% no trimestre).
- Trabalhadores por conta própria: 26,2 milhões (crescimento de 1,3% no trimestre).
- Taxa de informalidade: 37,8% da população ocupada.
Rendimentos: O rendimento real habitual foi de R$ 3.457, estável no trimestre e com crescimento de 3,1% no ano.
A massa de rendimento real habitual alcançou R$ 354,6 bilhões, novo recorde, aumentando 1,8% no trimestre e 5,8% no ano.