Taxa média de juros de Lula é a 2ª maior em governos do século 21
Estimativas apontam que a taxa Selic média no terceiro mandato de Lula será de 12,25%, refletindo um cenário de juros pressivos. Apesar da inflação em patamares mais baixos, a expectativa é de que a política monetária enfrente desafios devido à obstrução de seus canais.
Taxa média de juros será maior durante o 3º mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com uma Selic estimada em 12,25%, o 2º maior patamar no século 21.
Durante o 1º mandato de Lula (2003-2006), a média da Selic foi de 18,3%; reduzida para 11,8% de 2007 a 2010. O menor índice, de 2,0%, foi durante o governo Jair Bolsonaro (PL), devido à pandemia.
A média de juros reais do 3º mandato será de 7,65%% ao ano, o maior desde o 1º mandato de Lula (11,2%). Esses juros são calculados com base na taxa Selic descontada da inflação.
A média de inflação é projetada em 4,9% ao ano até o fim do governo Lula, abaixo dos 5,5%% de Bolsonaro e do 5,1%% registrado no 2º mandato de Lula.
Em setembro de 2026, a Selic deverá ser reduzida para 13,00% ao ano, o 4º maior patamar em mês eleitoral, após 18,00%% em 2002, 14,25%% em 2006 e 13,75%% em 2022.
Os agentes financeiros preveem uma alta de 0,75 ponto percentual na Selic antes das eleições, um ciclo de aperto menor em comparação a ciclos anteriores.
O economista Jason Vieira destaca que o canal de transmissão da política monetária está “entupido”, limitando a eficácia do aumento de juros e exigindo elevações maiores que o necessário para os efeitos desejados.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a obstrução é causada por “subsídios cruzados” que distorcem a eficácia da Selic, aumentando a necessidade de juros elevados.
O debate sobre expectativas de inflação e gastos públicos é contínuo, pois a incerteza fiscal incrementa os desafios na política monetária.
Informações desta reportagem foram publicadas anteriormente pelo Drive, uma newsletter exclusiva do Poder360.