Taxação média de produtos brasileiros nos EUA salta de 1,3% para 30,9% com tarifaço, calcula BTG
A alta nas tarifas para exportações brasileiras para os EUA marca uma mudança significativa na relação comercial entre os países. Especialistas alertam para os possíveis efeitos setoriais e econômicos mais amplos nos próximos anos.
A taxa efetiva média cobradas das mercadorias brasileiras para os EUA deve alcançar 30,9% a partir desta quarta-feira, devido ao tarifaço do governo Trump, segundo o BTG Pactual.
A taxa é 29,6 pontos percentuais maior que a média atual de 1,3% para 2024.
A estimativa do banco inclui:
- Tarifas setoriais (aço, alumínio, automóveis e cobre);
- Tarifa recíproca de 10% para todos os produtos;
- Sobretaxa de 40% que afeta mais de 50% da pauta exportadora.
O BTG prevê um impacto no saldo da balança comercial do Brasil de:
- 0,2% do PIB em 2025;
- 0,4% do PIB em 2026.
As economistas Iana Ferrão e Luiza Paparounis afirmam que, embora o impacto macroeconômico direto seja limitado, os efeitos setoriais são relevantes, e o impacto indireto pode aumentar se a percepção de risco piorar.
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