Taxadismo ideológico
Promessas não cumpridas de Lula e estratégias tributárias questionáveis geram desconfiança em meio a um cenário eleitoral complicado. A frustração com a falta de responsabilidade fiscal e as novas medidas de taxação destacam o desafio da administração petista na conquista da confiança do eleitorado.
Promessas não cumpridas de Lula trazem descontentamento. Durante a campanha de 2022, Lula prometeu isentar do Imposto de Renda quem ganhasse até R$ 5.000, mas essa medida será implementada apenas em 2026, consumindo boa parte da isenção prometida pela inflação.
Muitos criticam os 17 anos de governo petista e a correção inadequada da tabela do Imposto de Renda, que não chegou a 10% da inflação acumulada. A promessa para o 3º governo também não foi cumprida na integralidade.
A reforma tributária prometida pelo governo segue sem avanços. O foco foi na reforma do consumo, que acarretará aumento da carga tributária, enquanto a reforma da renda permanece negligenciada.
Sob o pretexto de combater a pejotização, o governo propôs taxações que visam atingir profissionais liberais, sem abordar as reais distorções. Ao mesmo tempo, não esclarecem adequadamente os custos da isenção prometida.
A nova proposta de taxação do Imposto de Renda, denominada de IRPFM, prejudicará especialmente os profissionais liberais, que poderão ver seus custos aumentados sem compensação justa.
A estratégia do governo de buscar um empréstimo compulsório disfarçado como compensação pode resultar em desconfiança do mercado, especialmente de investidores estrangeiros.
Adicionalmente, o governo incentivou o temendo endividamento de trabalhadores de baixa renda através de crédito consignado. Essa medida pode aumentar ainda mais a taxa de juros, exacerbando a inflação.
À medida que se aproximam as eleições de 2026, Lula corre o risco de ser desaprovado pelo eleitor, que, insatisfeito, pode buscar alternativas viáveis.