Taxas de DIs curtas cedem e longas sobem em dia de novas ameaças tarifárias de Trump
Taxas dos DIs apresentam leves variações com influência de anúncios de tarifas dos EUA. Expectativas em torno da Selic e movimentos de liquidez também impactam o mercado financeiro.
Taxas dos DIs em queda na terça-feira: prazos curtos apresentam leves baixas e longos avançam, influenciados por ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump.
No fim da tarde:
- DI para janeiro de 2027: 14,17%, abaixo de 14,202%.
- DI para janeiro de 2028: 13,425%, queda de 3 pontos-base.
- DI para janeiro de 2031: 13,44%, alta em relação a 13,395%.
- DI para janeiro de 2033: 13,51%, alta de 6 pontos-base.
Após um dia anterior de alta geral nas taxas devido a novas tarifas propostas por Trump a países do Brics e a parceiros comerciais como Japão e Coreia do Sul, a manhã trouxe um recuo do dólar, facilitando a leitura mais positiva do mercado.
O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, comentou que o estresse anterior diminuiu devido ao prazo até 1º de agosto para início das tarifas, aumentando a possibilidade de negociações.
Trump ampliou a guerra comercial com tarifas de 50% sobre cobre e 10% sobre produtos do Brics. Porém, receios externos de inflação mantiveram os rendimentos dos Treasuries em alta.
Na tarde, a taxa do DI para janeiro de 2033 variou de 13,380% a 13,510%, enquanto a liquidez era menor devido ao feriado em São Paulo.
Internamente, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que manter a Selic em 15% é cumprir a meta, sem impactos significativos de seus comentários.
Agora, o mercado precifica 94% de chance de manutenção da Selic na próxima reunião do Copom, com rendimentos de Treasuries subindo para 4,411%.