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Taxas de transferência no futebol movimentam mercado de dívida

Disputa por talentos no futebol europeu transforma transferências em garantias para dívida, atraindo grandes empresas de crédito. O uso de “recebíveis de transferência” surge como solução para financiar clubes, especialmente os menores, diante de perdas financeiras substanciais.

Disputa por talentos no futebol europeu impulsiona um novo mercado de dívida, utilizando taxas de transferência como garantia.

Os gastos com jogadores ultrapassam US$ 5 bilhões neste verão do hemisfério Norte. O modelo de financiamento atrai grandes instituições, como a Apollo Global Management e a Blackstone.

Tristram Leach, da Apollo, declarou que essa área oferece uma relação risco-retorno convincente, destacando o crescente fluxo de dinheiro no mundo dos esportes.

  • Transferências de jogadores costumam ultrapassar US$ 100 milhões para atletas-chave.
  • A Apollo já emprestou dinheiro ao Nottingham Forest; a Oaktree assumiu o Inter de Milão.
  • Clubes menores dependem das transferências para captação de dívida, enfrentando crescente prejuízo.

Em 2023, os clubes europeus reportaram perdas líquidas de € 1,2 bilhão (US$ 1,4 bilhão), com 2024 tratada como um ano deficitário, segundo a UEFA.

As vendas nas seis principais ligas europeias totalizaram mais de € 5,1 bilhões. As transferências, pagas em parcelas, criam fluxos de caixa futuros que podem ser monetizados.

Francesco Filia, da Fasanara Capital, observa que a dispersão de pagamentos aumenta o volume de transações e ajuda na equidade financeira entre clubes.

A entrada de empresas de crédito privado ocorre após desaceleração nos empréstimos tradicionais. A Apollo considera a dívida baseada em transferências parte de seu negócio lastreado em ativos.

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