Taxas dos DIs acompanham Treasuries e sobem após acordo comercial entre EUA e China
Taxas de DIs sobem acompanhando alta dos Treasuries após acordo comercial entre EUA e China. O entendimento gerou um movimento de venda de ativos mais seguros, impactando diretamente os rendimentos no Brasil.
Taxas dos DIs fecham em alta nesta segunda-feira, especialmente entre contratos de longo prazo. O movimento segue o avanço dos rendimentos dos Treasuries no exterior, após acordo tarifário entre EUA e China, que reduziu tensões nos mercados globais.
A taxa do DI para janeiro de 2026 foi de 14,795%, enquanto a de janeiro de 2027 subiu para 14,035%, alta de 5 pontos-base.
Contratos mais longos:
- Janeiro de 2031: 13,6%, alta de 10 pontos-base
- Janeiro de 2033: 13,65%
No fim de semana, EUA e China firmaram um acordo em Genebra, reduzindo tarifas comerciais:
- EUA: de 145% para 30%
- China: de 125% para 10%
Esse alívio fez investidores buscarem ativos mais arriscados, impactando os Treasuries e levando à alta das taxas dos DIs no Brasil. O dólar também subiu em relação ao real.
Às 9h05, a taxa do DI para janeiro de 2027 atingiu 14,10%. A entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ficou em segundo plano, onde ele comentou sobre a inflação e as metas fiscais.
O boletim Focus do Banco Central mostrou que a mediana das projeções de inflação para 2025 caiu de 5,53% para 5,51%. A projeção para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 14,75%.
A curva de juros apontou 59% de probabilidade de manutenção da Selic em junho e 41% de aumento de 25 pontos-base.
No exterior, os rendimentos do Treasury de dois anos dispararam para 3,998%, enquanto o título de dez anos subiu para 4,465%.