Taxas dos DIs despencam com exterior e emprego formal abaixo do esperado no Brasil
Taxas de juros caem com dados econômicos abaixo do esperado e influência externa. Expectativas de manutenção da Selic em 15% são reforçadas por desaceleração no mercado de trabalho.
Taxas dos DIs fecharam a segunda-feira com fortes baixas, superando 30 pontos-base nos vencimentos mais longos. Isso foi influenciado por:
- Recuo firme dos rendimentos dos Treasuries no exterior;
- Geração de empregos formais abaixo do esperado no Brasil;
- Queda do dólar ante o real.
No final da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 14,925% (ajuste anterior: 14,931%). Para janeiro de 2027, houve queda para 14,09% (anterior: 14,183%).
Taxas longas também caíram:
- Janeiro de 2031: 13,18% (anterior: 13,478%);
- Janeiro de 2033: 13,28% (anterior: 13,601%).
A queda foi acentuada pela divulgação do Caged, que apontou a criação de 148.992 vagas em maio, abaixo das expectativas de 179.000.
As taxas de alguns vencimentos começaram a despencar minutos antes da divulgação, como:
- Janeiro de 2028: de 13,350% para 13,255%;
- Janeiro de 2029: de 13,205% para 13,105%.
Essa queda reflete a desaceleração do mercado de trabalho, vista como positiva para o controle da inflação, permitindo ao Banco Central manter a Selic em 15%.
A curva de juros precificou quase 100% de chances de manutenção da Selic na próxima reunião do Copom.
O boletim Focus mostrou projeção de 5,20% para a inflação em 2025 e 4,50% para 2026, ambos acima da meta de 3%.
Em evento em Brasília, o presidente Lula elogiou o presidente do BC, Gabriel Galípolo, evitando críticas sobre a alta da Selic.
Às 16h37, o rendimento do Treasury de dez anos caiu para 4,226%.