Taxas dos DIs fecham estáveis apesar de conflito no Oriente Médio
Taxas dos DIs encerram em leve queda após recuo dos Treasuries nos EUA. Cenário geopolítico no Oriente Médio aumenta incertezas sobre inflação e políticas monetárias futuras.
Taxas dos DIs fecharam a segunda-feira quase estáveis, com leve viés de baixa em alguns vencimentos.
O movimento foi influenciado pelo recuo dos rendimentos dos Treasuries após os EUA atacarem alvos no Irã e comentários do Federal Reserve sobre possível corte de juros.
No fechamento:
- DI para janeiro de 2026: 14,965% (anterior: 14,958%)
- DI para janeiro de 2028: 13,535% (anterior: 13,558%)
- DI para janeiro de 2031: 13,52% (anterior: 13,53%)
- DI para janeiro de 2033: 13,61% (anterior: 13,608%)
Atos de retaliação do Irã incluiu um ataque a base militar dos EUA no Catar, sem fechar o Estreito de Ormuz, mantendo a circulação de 20% do petróleo mundial.
A vice-presidente do Fed, Michelle Bowman, indicou que o corte de juros pode estar próximo, afirmando que a inflação está retornando à meta de 2%.
Com isso, a taxa do DI para janeiro de 2027 flutuou de 14,32%% a 14,225%% durante o dia.
A queda nos preços do petróleo foi observada, porém há alertas sobre possíveis pressões inflacionárias devido à situação no Oriente Médio. Analistas projetam que o preço do petróleo pode impactar a inflação no Brasil, que poderia alcançar 6% caso o barril suba para US$100.
O boletim Focus, atualizado na sexta-feira, mantém as projeções de inflação para 2025 e 2026 em 5,24%% e 4,50%%, respectivamente. Também indica que a Selic deve manter-se em 15%% até o fim do ano.
Os investidores aguardam a divulgação da ata do Copom na terça-feira para mais orientações sobre a taxa.
No exterior, o rendimento do Treasury de dez anos caiu 4 pontos-base, atingindo 4,334%%.