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Taxas dos DIs para 2028 e 2029 cedem em dia de ajustes técnicos pós-Copom

Mercado financeiro ajusta expectativas após a decisão do Copom, com quedas nas taxas dos DIs de prazos mais longos. A possibilidade de cortes na Selic no futuro gera incertezas, especialmente entre os contratos de curtíssimo prazo.

A curva de juros brasileira passou por importantes ajustes técnicos nesta quinta-feira, após a reunião do Copom.

As taxas dos DIs para janeiro de 2028 e 2029 caíram, refletindo a expectativa de que o Banco Central (BC) pode iniciar cortes na taxa Selic após o fim do atual ciclo de altas.

As taxas de curto prazo subiram, ajustando apostas para o encontro do Copom em junho, com expectativas divididas sobre possíveis novas altas.

No fim da tarde:

  • A taxa do DI para janeiro de 2026: 14,795%
  • A taxa do DI para janeiro de 2028: 13,445%, baixa de 10 pontos-base
  • A taxa do DI para janeiro de 2029: 13,41%, baixa de 13 pontos-base

O Copom anunciou uma alta de 50 pontos-base na Selic, alcançando 14,75% ao ano, deixando a decisão para junho dependente de dados econômicos.

Um ponto de atenção foi a retirada da avaliação de que o balanço de riscos para a inflação está assimétrico para cima, além da inclusão de um novo risco baixista decorrente da redução nos preços das commodities.

Economistas interpretaram que o BC pode encerrar o ciclo de alta com a Selic em 14,75%, aumentando a probabilidade de cortes futuros.

As taxas para janeiro de 2028 e 2029 chegaram a 13,37% e 13,35% respectivamente, durante a sessão. O recuo nas taxas mais longas foi menor devido à pressão dos Treauries no exterior, que subiam em função de otimismos econômicos.

A analista Lais Costa da Empiricus Research destacou que o Copom projetou uma inflação de 3,6% em 2026, ainda acima da meta de 3%, o que gera dúvidas sobre a capacidade do BC de parar as altas rapidamente.

Às 16h42, o rendimento do Treasury de dez anos estava em 4,375%, influenciado por fatores externos.

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