Taxas dos DIs sobem em meio à possibilidade de derrubada do decreto do IOF
Taxas dos DIs sobem em meio a movimentos no exterior e expectativas sobre votação do IOF. Analistas alertam que a revogação do decreto pode impactar a situação fiscal do governo brasileiro.
Taxas dos DIs fecharam em alta, influenciadas por avanço dos Treasuries e valorização do dólar ante o real.
A taxa do DI para janeiro de 2026 foi de 14,945% (prévia: 14,944%). Para janeiro de 2028, subiu para 13,51%, com alta de 6 pontos-base (prévia: 13,454%).
Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 foi a 13,55% (prévia: 13,507%) e para janeiro de 2033, 13,65% (prévia: 13,612%).
A possibilidade de votação na Câmara e Senado sobre a derrubada do decreto do IOF influenciou os negócios. Felipe Izac, da Nexgen Capital, destacou que isso pode gerar pressão na curva futura de juros.
Durante a sessão, a taxa do DI para janeiro de 2028 atingiu 13,570%, em alta de 12 pontos-base, enquanto o dólar também marcava máximas do dia.
No exterior, o cessar-fogo entre Israel e Irã trouxe atenção para a audiência de Jerome Powell, do Federal Reserve, sobre a futura taxa de juros nos EUA.
Powell observou que a política tarifária do governo Trump pode gerar risco de inflação, resultando em cautela quanto a novos cortes de juros.
Até o final do dia, o rendimento do Treasury de dez anos estava estável em 4,289%.
Perto do fechamento, 97% de probabilidade de manutenção da taxa Selic em 15% no Copom de julho foi registrada, com 85,00% de chances de manutenção na última atualização.