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Taxas dos DIs sobem puxadas por dólar, exterior e receio sobre crédito

Taxas dos DIs sobem em resposta ao avanço do dólar e rendimentos dos Treasuries. Mercado local se preocupar com o controle da inflação enquanto o governo busca estimular o crédito.

Taxas dos DIs fecharam em alta firme na quarta-feira, acompanhando a valorização do dólar e o aumento dos rendimentos dos Treasuries no exterior. O mercado local demonstra apreensão quanto ao controle da inflação.

A taxa do DI para janeiro de 2026 subiu para 15,16%, enquanto a taxa para janeiro de 2027 foi a 15,135%. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 esteve em 14,98% e para janeiro de 2033 em 14,95%.

O aumento das taxas é sustentado por influências externas, como a elevação dos yields dos Treasuries e a incerteza sobre a política tarifária dos EUA, com o presidente Donald Trump se preparando para anúncios sobre tarifas.

O aumento do dólar gera pressão inflacionária e impacta a renda fixa, enquanto o Banco Central busca esfriar a economia, e o governo tenta estimular a atividade com um novo programa de crédito consignado. Este programa pode gerar até R$120 bilhões em novos empréstimos.

O mercado tem sinalizado certo desconforto com os impactos dessa iniciativa na inflação. As apostas sobre a próxima reunião do Copom indicam que, apesar de não esperar um aumento de 100 pontos-base na Selic em maio, há previsões de elevações de 75 ou 50 pontos-base.

As probabilidades de alta da Selic são:

  • 50 pontos-base: 66%
  • 75 pontos-base: 20,5%
  • 25 pontos-base: 7%
As previsões para a reunião de junho incluem 32,88% de chances para alta de 25 e 50 pontos-base.

Às 17h01, o rendimento do Treasury de dez anos subiu para 4,35%.

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