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Taxas futuras de juros caem em novo dia de baixa do dólar antes de decisão do Copom

Taxas dos DIs apresentam queda em meio a expectativas de fim de ciclo de alta de juros no Brasil. O mercado aguarda a decisão do Banco Central sobre a Selic, que pode influenciar futuras movimentações.

Taxas dos DIs fecharam em baixa na terça-feira, à espera da decisão do Banco Central sobre a Selic.

A expectativa é que o ciclo de alta de juros no Brasil termine antes do previsto. A baixa foi acompanhada pela queda dos Treasuries no exterior, antes da decisão do Federal Reserve.

No fechamento, a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 14,735%, e para janeiro de 2027, em 14,425%. Entre as taxas longas, o DI para janeiro de 2031 caiu para 14,38%, e para janeiro de 2033, marcou 14,41%.

As taxas foram gradualmente diminuindo ao longo do dia, assim como o dólar que perdeu força em relação ao real.

A analista Laís Costa, da Empiricus Research, destacou que a expectativa de interrupção do ciclo da Selic, que está em 13,25%, está se tornando consenso. A performance do real tende a impactar a inflação, permitindo um fim de ciclo mais iminente.

A ponta curta da curva precificava, perto do fechamento, 98% de probabilidade de alta de 100 pontos-base na Selic, mas o futuro é incerto. Em maio, as opções de Copom indicavam:

  • 55% probabilidade de alta de 50 pontos-base
  • 17,5% chances de alta de 25 pontos-base
  • 14,5% probabilidade de manutenção
  • 7,5% chances de alta de 75 pontos-base
  • 3,5% chances de nova alta de 100 pontos-base

A proposta do governo de isentar de Imposto de Renda rendas de até R$5 mil não pressionou a curva de juros. O projeto mantém a tabela progressiva com isenção até 2 salários mínimos e introduz um desconto variável para rendas até R$5 mil.

Para rendas altas, haverá retenção na fonte de 10% sobre dividendos acima de R$50 mil mensais. O governo afirma que o impacto sobre as contas públicas será neutro.

Os rendimentos dos Treasuries também estavam em baixa. Às 16h33, o retorno do Treasury de 10 anos caía para 4,285%.

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