Taxas sobre aço e alumínio afetarão produtos dos EUA em R$ 855 bi
Novas tarifas de Trump afetam fortemente o Brasil e outros países, com potencial redução das exportações em até US$ 700 milhões. A União Europeia planeja implementar contramedidas, respondendo à medida polêmica do presidente americano.
Tarifaço de Trump sobre aço e alumínio entra em vigor em 12 de março de 2025, afetando produtos dos EUA no valor de R$ 855 bilhões.
Brasil, principal exportador de alumínio e 2º maior vendedor de aço para os EUA, sofrerá grande impacto. A taxação pode reduzir as exportações em até US$ 700 milhões.
Outros países, como Canadá, México e China, também serão impactados. Trump havia ameaçado tarifas de 50% sobre aço canadense, mas recuou após resposta do premiê de Ontário.
As tarifas afetam 289 categorias de produtos, totalizando US$ 147,3 bilhões. Setor automotivo, com US$ 25 bilhões em componentes de alumínio, e setor mobiliário, com US$ 15 bilhões, são os mais atingidos.
Dan Ujczo, advogado especializado, alerta que a falta desses produtos será sentida no varejo, especialmente em construção civil e automotivo. Projetos imobiliários já estão paralisados pela incerteza de preços.
Novas taxas surgem após EUA já terem imposto tarifas de 25% sobre aço e 10% sobre alumínio em 2018, visando proteger a indústria interna. A União Europeia anunciou tarifas de € 26 bilhões em bens norte-americanos em resposta.
O Instituto Kiel estima que apenas 0,02% das exportações europeias serão seriamente afetadas. A resposta do Brasil ainda é incerta; o governo avaliará a situação em 12 de março.
O presidente Lula criticou Trump, enfatizando a importância do respeito nas relações. Durante eventos em Minas Gerais, destacou a relevância da Gerdau, que representa 12% da produção de aço no Brasil.