HOME FEEDBACK

TCU identifica problemas em plano previsto pela lei de privatização da Eletrobras

TCU aponta falhas significativas no planejamento e na transparência do Plano de Recuperação de Reservatórios. Medidas para aprimorar a governança do programa incluem maior participação social e clareza nos critérios de seleção de projetos.

TCU aponta problemas no PRR

O Tribunal de Contas da União (TCU) reconheceu, nesta quarta-feira (4), diversas falhas na execução do Plano de Recuperação de Reservatórios de Regularização de Usinas Hidrelétricas em função das mudanças climáticas (PRR).

O PRR, oriundo da lei de privatização da Eletrobras (Lei 14.182/2021), conta com um orçamento de R$ 5,8 bilhões a ser aplicado em dez anos, visando garantir segurança eletroenergética diante das mudanças climáticas.

O ministro-relator, Augusto Nardes, destacou que, apesar do potencial positivo do PRR, há grandes desafios para sua implementação.

Na auditoria, foram identificados cinco problemas principais:

  • Falta de planejamento estratégico nos planos de trabalho.
  • Critérios pouco claros para seleção de projetos.
  • Baixa influência da sociedade na definição e acompanhamento.
  • Deficiências no cronograma de aplicação de recursos.
  • Gestão de riscos insuficiente, sem política institucionalizada.

O TCU recomendou medidas como:

  • Elaboração de portfólio de projetos.
  • Mais transparência e detalhamento nos processos de seleção.
  • Crição de uma política de gestão de riscos.
  • Promoção de participação social e atualizações sobre cronogramas.

A decisão exige que os comitês gestores apresentem, em até 180 dias, um plano de trabalho com o portfólio dos projetos de revitalização dos recursos hídricos.

A auditoria foi realizada pela IDI (Intosai Development Initiative) e pelo WGEA (Working Group on Environmental Auditing), organizações que visam melhorar as capacidades de auditoria e governança ambiental.

Leia mais em folha