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Tebet avalia que EUA podem isentar café e carne do tarifaço

Ministra aponta que carne bovina e café podem ser excluídos da tarifa elevada pelos EUA. Tebet acredita que a revisão da medida dependerá da pressão inflacionária e da opinião pública americana.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, acredita que produtos como carne bovina e café podem ser excluídos do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 6 de agosto de 2025.

Tebet mencionou que a pressão inflacionária e o peso político desses itens, populares entre os norte-americanos, podem influenciar o governo de Donald Trump a reconsiderar a tarifas.

“Carne e café são caros para o paladar deles. O resto eles se reposicionam”, disse a ministra em entrevista no Palácio do Planalto, em Brasília.

Ela também destacou que essas exceções podem não ser anunciadas formalmente, pois “[os EUA] não têm interesse em alardear que estão cedendo”. Segundo Tebet, os EUA devem observar os efeitos da medida antes de revisar o pacote tarifário.

No caso da carne bovina, o governo Lula (PT) vê flexibilidade para se adaptar, possibilitando redirecionamento da produção para outros mercados. “É virar a chave”, afirmou.

Relativo ao café, a expectativa é de que a quebra de safra do Vietnã, principal concorrente, ajude o Brasil a reposicionar o produto.

Apesar do tarifaço, Tebet anunciou um plano de contingência, embora não tenha fornecido detalhes sobre os valores. A maior parte das medidas propostas não demanda recursos novos do orçamento.

Ela concluiu aguardando uma eventual “surpresa positiva”, como uma possível prorrogação de 90 dias ou redução das tarifas de 50% para 30%.

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