Tebet defende revisão de gastos e diz que corte tributário de R$ 20 bilhões ficaria 'aquém' do necessário
Simone Tebet defende revisão de subsídios como medida essencial para manter equilíbrio fiscal e critica corte tributário planejado como insuficiente. A ministra destaca a importância de diferenciar entre subsídios que beneficiam lobbies e aqueles que devem ser preservados, como o Super Simples.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu a revisão de subsídios fiscais para garantir o equilíbrio fiscal durante sessão na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Ela afirmou que um corte tributário de R$ 20 bilhões é insuficiente e apontou que os subsídios atingem R$ 678 bilhões, ou 5,78% do PIB.
Embora tenha havido uma queda em relação a 2022 e 2023, Tebet considera necessário um corte maior, exceto para incentivos tributários previstos na Constituição.
Ela destacou:
- "Falar em revisão de gastos é cuidar bem do dinheiro do povo brasileiro."
- Defendeu a preservação dos subsídios verticais, como o Super Simples, mas com revisão para evitar fraudes.
Sobre o corte de R$ 20 bilhões no plano do governo, a ministra reiterou que é insuficiente. O orçamento de 2026 será enviado ao Congresso até o dia 31, mantendo a previsão de superávit primário de 0,25% do PIB.
Tebet também ressaltou a importancia da divisão de responsabilidades entre o governo, Congresso e Judiciário para cumprir as metas fiscais, alertando para um "judiciário assistencialista".