Tebet diz que Brasil cobra muito imposto e aponta necessidade de revisão dos gastos
Ministra destaca a dificuldade em aumentar a arrecadação tributária e a necessidade urgente de rever gastos governamentais. Ela alerta que a carga tributária já é elevada e que cortes anteriores afetaram principalmente as camadas mais vulneráveis da população.
Ministra do Planejamento, Simone Tebet, alertou em audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO) que o Brasil enfrenta dificuldades de arrecadação por conta de sua alta carga tributária, que é uma das maiores do mundo.
Ela afirmou: "O Brasil é um dos que mais cobra, embora a cobrança seja realmente injusta". Tebet também destacou a necessidade de revisão dos gastos do governo para conter despesas.
Precatórios foram outro ponto abordado. A ministra enfatizou a urgência de resolver essa questão no segundo semestre, mencionando que o Ministério da Fazenda busca soluções para contabilizar os precatórios de 2027 no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que será enviado ao Congresso em abril de 2026.
A partir de 2027, todas as despesas da União com precatórios deverão ser incluídas nos limites de despesa e na meta de resultado primário.
Além disso, Tebet criticou os cortes de gastos que afetam as camadas mais baixas da população, enquanto os privilegiados permanecem intocados. Ela disse: "Já mexemos muito com o andar de baixo; nunca se conseguiu mexer com o andar de cima", referindo-se ao seu próprio grupo.
Estas declarações seguem a linha de ações do governo federal e do PT, que têm promovido campanhas sobre justiça social, incluindo propostas para ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda.