“Tem 4 reuniões do Copom neste ano, BC deve ficar parado em 3”, diz Jobim, da Legacy
Expectativa de inflação para 2025 recua de 6,30% para cerca de 4,50% na Legacy Capital. Economista-chefe da gestora indica que o corte de juros pode começar a ser cogitado após sinais de desaceleração econômica.
Projeções de inflação no Brasil mudaram significativamente em 2023. A gestora Legacy Capital, que administra R$ 15 bilhões, reduziu a expectativa de 6,30% para 4,50% para 2025.
A economia permanece forte, mas a alta da taxa Selic, que chegou a 15% ao ano, está ajudando a controlar os preços. O debate atual gira em torno da possibilidade de cortes nos juros.
Segundo Pedro Jobim, sócio e economista-chefe da Legacy, é dificílimo que as taxas comecem a cair ainda este ano, mas apesar das incertezas, “é um pouco menos difícil” do que antes. Quatro reuniões do Copom estão agendadas para 2023, onde a última poderia sinalizar cortes.
As projeções atuais indicam que a inflação para 2027 pode ficar em 3,4%, próximo da meta. O Banco Central considera que uma inflação de 3,3% está em torno do desejado.
Jobim afirma que o mercado está atento a sinais de desaceleração econômica que possam justificar o início dos cortes. No entanto, a Legacy mantém posições modestas em ações enquanto analisa o cenário político e econômico.
A firma possui uma carteira long short, mas em um nível de risco controlado. A expectativa é que, a partir de 2027, o cenário para o Brasil melhore, permitindo uma maior exposição ao mercado acionário.