Temor de restrições sob Trump freia viagens a negócios aos EUA
Executivos e acadêmicos se mostram cada vez mais cautelosos em suas viagens aos EUA, adotando medidas rigorosas para proteger seus dados. A aplicação mais severa das leis de imigração sob o governo Trump gera preocupações sobre invasões de privacidade e deportações baseadas em crenças pessoais.
A crescente cautela em viagens aos EUA tem impactado muitos viajantes internacionais, incluindo acadêmicos e executivos.
Alexander, um pesquisador asiático, preparou-se para uma viagem ao Brasil com um celular descartável e um laptop vazio, a pedido de seu advogado. Ele foi orientado a não manter dados em seus dispositivos, o que ele considerou "extraordinariamente perturbador".
Com o retorno de Donald Trump à Casa Branca, as leis de imigração e as inspeções fronteiriças se tornaram mais rigorosas, fazendo com que organizações reavaliem os riscos em viagens de trabalho. O número de buscas na fronteira aumentou 10% desde o ano anterior, segundo a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.
Universidades, como Duke e Columbia, aconselham seus funcionários a não viajar para os EUA, exceto em casos essenciais, devido ao medo de detenções e deportações. Há também relatos de deportações relacionadas a opiniões políticas.
A Comissão Europeia começou a fornecer dispositivos descartáveis para evitar riscos de espionagem. Empresas estão mudando suas políticas de viagem e aconselhando funcionários sobre o que fazer em caso de revistas. A cautela se reflete na desaceleração das reservas de viagens de negócios.
Analistas notaram um enfraquecimento na demanda por voos transatlânticos, resultando em uma desaceleração nas reservas. A preocupação com a entrada nos EUA está impactando decisivamente os planos de viagem.
Alexander já se prepara para sua próxima viagem ao Reino Unido, planejando seguir medidas semelhantes às que adotou para o Brasil.