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Temores sobre tarifas foram o centro das atenções na reunião de março do BCE

BCE avalia impacto das tarifas dos EUA e suas implicações para crescimento e inflação. Reunião de março revelou incertezas, mas apontou para riscos de alta nos preços no curto prazo.

Banco Central Europeu (BCE) discute impactos das tarifas dos Estados Unidos em reunião de 5 e 6 de março. O BCE já avaliava o custo potencial das tarifas antes da sua adoção, prevendo que pesariam sobre o crescimento, mas com impacto incerto sobre a inflação.

Na reunião, o BCE cortou as taxas de juros pela sexta vez desde junho do ano passado e abriu espaço para um novo afrouxamento. No entanto, não se comprometeu a realizar cortes em abril devido à incerteza dos planos tarifários de Donald Trump.

O documento revelou que os prováveis choques, como a escalada das tensões comerciais, podem:

  • Pesar significativamente sobre o crescimento
  • Aumentar o risco de não atingir a meta de inflação a médio prazo

Algumas autoridades argumentaram que essa situação poderia exigir ações decisivas do BCE. A cautela foi enfatizada, relembrando que a prudência não significa ser gradual na ajuste da taxa de juros.

O BCE alertou também que as barreiras comerciais podem causar um aumento de curto prazo nos preços. A combinação de tarifas e retaliações dos EUA pode representar riscos de alta para a inflação.

Após a reunião, investidores passaram a prever uma chance de 90% para um novo corte na taxa em 17 de abril, com possibilidades de mais cortes no final do ano, já que as pressões inflacionárias estão diminuindo.

A perspectiva econômica é nebulosa, com a expectativa de retaliação da Europa, o que pode elevar os preços. Além disso, um mundo fragmentado tende a aumentar os custos para empresas e elevar a inflação.

O BCE concluiu que a incerteza elevada exige cautela nas políticas e na comunicação.

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