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'Temos um fiscal que não é frouxo, é totalmente desarrumado e irresponsável', diz Gustavo Franco

Gustavo Franco alerta que a estrutura fiscal desajustada do Brasil impede a efetividade das taxas de juros elevadas na contenção da inflação. Ele destaca que, apesar de avanços recentes, as medidas ainda são insuficientes diante da gravidade do problema fiscal.

Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, acredita que as taxas de juros elevadas no Brasil não estão controlando a inflação devido a um grave problema fiscal.

Franco declara que o fiscal brasileiro é “desarrumado e irresponsável”, não frouxo. Ele compara a situação atual a um “patológico” desajuste nas contas públicas.

Em evento da Verde Asset, em São Paulo, afirmou que a taxa de juros brasileira, em torno de 15%, é uma “jabuticaba” que requer altos juros para conter a inflação, dado o estado fiscal do país.

A culpa recorrente atribuída aos “rentistas” e ao Banco Central é vista como explicações de baixa qualidade entre parlamentares.

Franco reconhece um avanço na contenção fiscal com o governo atual, mas afirma que as medidas são insuficientes para o tamanho do real problema. Menciona que, mesmo as tentativas de controle, como o aumento do IOF, são “enxugar gelo”.

Franco sugere que no próximo governo possa haver uma “conversa séria sobre o fiscal”, desejando retornar a um superávit primário de 3% do PIB, ao invés do atual -0,5% com ajustes extraordinários.

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