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Tempestade na banheira

Após uma intensa volatilidade, o mercado financeiro brasileiro demonstra sinais de recuperação, com o dólar e a Bolsa se estabilizando. Analistas apontam que, apesar das incertezas, o sistema financeiro nacional não enfrenta colapso iminente devido a laços comerciais com os EUA.

Mercado financeiro brasileiro reagiu intensamente a decisões do Poder Judiciário sobre sanções aplicadas pelo governo de Donald Trump.

Após a reafirmação do ministro Flávio Dino, do STF, sobre a necessidade de homologação das sanções internacionais, houve uma queda significativa nos ativos financeiros. A cotação do dólar subiu mais de 1,5% e a Bolsa recuou mais de 2% em 19 de agosto de 2025, resultando em perdas de mais de R$ 40 bilhões.

Apesar do clima de instabilidade, nota-se uma tendência de acomodação no mercado no dia seguinte, com o dólar reduzindo quase 0,5% e a Bolsa apresentando leve alta.

Algumas reflexões foram levantadas sobre a estabilidade do sistema financeiro brasileiro, destacando que é improvável que o governo dos EUA retire os bancos brasileiros do sistema Swift. Além disso, a interdependência financeira entre bancos brasileiros e norte-americanos é um fator importante.

O sistema Swift, embora tenha influência norte-americana, é autônomo e independente, operando como uma cooperativa. As comparações com sanções a países como o Irã são inadequadas, pois a situação do Brasil possui um peso europeu que pode impedir desligamentos.

O exemplo da Petrobras ilustra a presença significativa de acionistas não residentes no Brasil, principalmente americanos, que não estariam dispostos a abandonar seus investimentos.

Considera-se que uma solução diplomática e negociada seja mais viável do que um colapso dos bancos brasileiros devido a imposições do governo dos EUA.

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