'Tenho dores de cabeça tão fortes que me fazem bater contra a parede para acabar com a agonia'
Homem de Edimburgo vive com cefaleias em salvas há 17 anos, sofrendo ataques intensos que podem durar até 12 horas. Ele relata que a condição transformou sua vida em uma tortura psicológica, impactando sua saúde mental e relacionamento familiar.
Daren Frankish, um homem de 53 anos de Edimburgo, sofre de cefaleia em salvas há 17 anos, uma das condições mais dolorosas conhecidas. Ele descreve a dor como ser atingido por um taco de beisebol e esfaqueado no olho.
Durante a pandemia, Daren chegou a considerar pular na frente de um ônibus devido à agonia que sente. “É uma tortura psicológica saber que isso pode acontecer a qualquer momento”, afirma.
Os ataques duram entre 15 minutos e 3 horas, podendo ocorrer sete ou oito vezes ao dia, com episódios que já duraram 12 horas. Ele relata dores agudas no lado esquerdo da cabeça, com o olho vermelho e lacrimejante.
Daren também se sente fisicamente doente e se comunica usando um cartão quando está em crise. Seus ataques têm se tornado mais frequentes e intensos ao longo dos anos.
A cefaleia em salvas é rara, afetando uma em cada 1.000 pessoas, e é mais comum em homens com mais de 30 anos. Não há cura, e a condição está associada a um risco três vezes maior de depressão.
Daren começou a ter dores em 2007, quando estava de férias, e desde então tentou diversos tratamentos, incluindo esteroides e lítio, sem sucesso significativo. Ele usa oxigênio e considera injetar um bloqueador de nervos para controlar a dor.
As dores impactam sua vida familiar e seu casamento, resultando em um divórcio. “Sinto muito pelos meus filhos que ouviram meus gritos”, lamenta.
As cefaleias podem estar relacionadas a episódios de meningite que Daren teve na infância, mas atualmente ele vive sem controle sobre a dor, que pode surgir a qualquer momento.