Tensão entre Europa e EUA diminui, mas guerra comercial de Trump com a China tem nova escalada
União Europeia visa abrir negociações com os EUA após suspensão temporária de tarifas, mas alerta que contramedidas podem ser reativadas em caso de falta de progresso. Enquanto isso, a China intensifica suas próprias tarifas e reafirma sua disposição para lutar até o fim caso o diálogo não seja respeitoso.
União Europeia suspende, por 90 dias, contramedidas contra tarifas dos Estados Unidos.
A decisão ocorre após o presidente Donald Trump pausar aplicação de novas tarifas a vários países, exceto a China.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que o bloco quer “dar uma chance às negociações”, mas avisa que, sem avanços, as contramedidas europeias voltarão.
Trump manteve o aumento de tarifas sobre produtos chineses, que alcançam 145% após novo decreto. O governo chinês, por sua vez, elevou suas tarifas para 84%.
A China considera as tarifas prejudiciais à estabilidade econômica global e pede um “acordo de meio-termo”. Pequin também pretende diminuir a exibição de filmes americanos.
Canadá vê a pausa tarifária como “um alívio” e deseja iniciar conversas com os EUA após as eleições de 28 de abril. Vietnã e Paquistão também querem dialogar.
Trump expressou otimismo com novos acordos, afirmando que a política tarifária visa fortalecer a indústria americana.
Após o anúncio das tarifas, a instabilidade nos mercados financeiros aumentou. Wall Street teve alta na quarta-feira, mas na quinta-feira apresentou quedas, enquanto Bolsa de Tóquio e mercados europeus se recuperaram.
O assessor comercial Peter Navarro afirmou que os próximos 90 dias serão decisivos para acordos comerciais, com mais de 75 países interessados em negociar.
Porém, o dólar caiu no mercado internacional devido à desaceleração da inflação nos EUA, com o euro a US$ 1,1115 e a libra a US$ 1,2918.
Com informações da AFP